Cientistas italianos afirmaram nesta segunda-feira ter reproduzido o Santo Sudário. Segundo Luigi Garlaschelli, professor de Química Orgânica da Universidade de Pavia e responsável pela recriação do manto que teria envolvido o corpo de Jesus Cristo, o feito pode ser considerado uma prova de que o Sudário é uma farsa.
“Mostramos que é possível reproduzir algo que tem as mesmas características do Sudário”, disse Garlaschelli. O manto, considerado pelos católicos um símbolo do sofrimento de Jesus, tem a imagem de um homem crucificado, com rastros do que seria sangue escorrendo de feridas nas mãos e nos pés. As imagens teriam sido gravadas nas fibras por algum meio sobrenatural, durante a ressurreição de Cristo.
Garlaschelli explicou ao jornal italiano La Repubblica que sua equipe usou linho tecido com as mesmas técnicas utilizadas no sudário e envelhecido artificialmente por aquecimento em um forno. Os cientistas, então, colocaram o pano sobre um estudante que usava uma máscara para reproduzir o rosto, e esfregam o tecido com um pigmento vermelho muito usado na Idade Média. O processo consumiu uma semana, disse o jornal.
O Santo Sudário apareceu ao mundo em 1360, nas mãos de um cavaleiro francês. Ele se tornou propriedade do Vaticano, que o guarda câmara especial da Catedral de Turim. O manto raramente é exibido ao público. A última apresentação foi no ano 2000, quando atraiu mais de 1 milhão de visitantes. A próxima está prevista para 2010.
O grupo afirma, em nota, que se trata de mais uma evidência de que o sudário é uma falsificação produzida na Idade Média. Em 1988, pesquisadores usaram datação por radiocarbono para determinar que a relíquia havia sido produzida no século XIII ou XIV e não na época de Jesus como deveria ser.
Fonte: Veja / Gospel+
Via: O Verbo
Papa autoriza que o Santo Sudário volte a se ser exposto ao público em 2010
O papa Bento XVI autorizou hoje que o Santo Sudário - pano em que supostamente o corpo de Cristo teria sido envolto - volte a ser exposto ao público em 2010. Bento XVI fez o anúncio durante uma audiência com um grupo de peregrinos de Turim (norte da Itália) em cuja catedral está a relíquia. O bispo de Roma disse aos fiéis presentes à audiência que a exposição do Santo Sudário será uma ocasião "mais que adequada para contemplar este misterioso rosto, que silenciosamente fala ao coração dos homens e convida todos para se reconhecerem no rosto de Deus".
Além disso, acrescentou: "Caso o Senhor me dê vida e saúde eu espero ir também" a Turim. A última vez que o Santo Sudário foi exposto ao público foi em 2000, por ocasião do Jubileu da Igreja Católica. Em 1998 ele também foi exposto e o papa João Paulo II pediu às pessoas de Turim que admirassem o pano santo. A "Sindone" (do grego "sindon", mortalha), como também é conhecido o Santo Sudário, é considerada uma das relíquias mais famosas e discutidas do Cristianismo e mede 4,39 metros de comprimento e 1,15 de largura.
Desde 1353 há notícias sobre o Santo Sudário - ano em que uma tela de linho que supostamente serviu de mortalha para Cristo apareceu em Lirey (França), levada, possivelmente, por alguns seguidores de Jesus que estavam na Terra Santa no dia da crucificação. Um século depois esta relíquia chegou às mãos dos duques de Sabóia, que a levaram para Chambery. Em 1532 foi danificada por um incêndio e, em 1694, foi transferida para a capela do Duomo (catedral) de Turim. Os testes para comprovar se realmente o Santo Sudário foi usado para envolver o corpo de Cristo começaram a ser realizados em 1898, depois que um fotógrafo de Turim tirou uma foto do lençol e, no momento de revelá-la, percebeu que as imagens negativas representavam o corpo e o rosto de um homem crucificado. Em 1988 o pano foi submetido ao teste do carbono 14 em três laboratórios de Suíça, Estados Unidos e Reino Unido, e o resultado obtido afirmou que se trata de um tecido datado de um ano entre 1260 e 1390. Importantes especialistas criticaram o procedimento por considerarem que ele foi realizado de forma equivocada.
Fonte: Último Segundo
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